Os Estados Unidos iniciaram um shutdown nesta quarta-feira (1º), após o Congresso não aprovar o orçamento federal para o ano fiscal seguinte. Democratas e republicanos não chegaram a um consenso sobre os recursos destinados a programas sociais, especialmente relacionados à saúde, o que resultou na paralisação parcial das atividades de diversos departamentos e agências federais. Estima-se que cerca de 750 mil funcionários públicos sejam afetados pela medida.
O impasse orçamentário decorre da rejeição dos democratas à proposta republicana, que não aceitou ampliar os benefícios do programa Obamacare nem reverter cortes no MedicAid. A tensão política aumentou com declarações do ex-presidente Donald Trump, que ameaçou demitir opositores, e do diretor de orçamento da administração, que sugeriu demissões permanentes no serviço público. O líder democrata no Senado, Chuck Schumer, afirmou que as ameaças não intimidarão seu grupo. O contexto político é agravado pela proximidade das eleições de meio de mandato em 2026, que podem redefinir o equilíbrio no Congresso.
O shutdown afeta serviços públicos não essenciais, pesquisas científicas e operações militares, podendo causar prejuízos econômicos significativos, como já registrado em paralisações anteriores. A continuidade do impasse pode aprofundar a instabilidade política e econômica nos Estados Unidos, influenciando futuras negociações legislativas e o cenário eleitoral.