O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, realizou na última terça-feira um discurso direcionado a generais e almirantes das Forças Armadas americanas, no qual enfatizou a importância da aptidão física e da doutrina da letalidade. A fala, contudo, foi recebida com críticas por parte de veteranos, que a consideraram egotista e desrespeitosa para com oficiais de longa carreira. Naveed Shah, veterano e diretor de políticas da organização Common Defense, destacou que os militares presentes não necessitam de lições sobre o ethos guerreiro.
O discurso de Hegseth ocorreu em um momento delicado para as Forças Armadas dos EUA, que enfrentam debates internos sobre políticas de diversidade, inclusão e eficiência operacional. A abordagem adotada pelo secretário foi vista como um retrocesso por alguns especialistas e ativistas veteranos, que temem que o tom adotado possa prejudicar a coesão e o respeito dentro das tropas. A controvérsia também reacende discussões sobre o papel político do secretário em relação à liderança militar.
As reações negativas indicam possíveis desdobramentos na relação entre o comando civil e os oficiais militares, podendo afetar a confiança institucional e a condução das políticas de defesa. Além disso, o episódio ressalta a sensibilidade do ambiente militar americano diante de discursos que misturam questões pessoais com diretrizes estratégicas. A repercussão pode influenciar futuras nomeações e a forma como o Pentágono comunica suas prioridades.