A Petrobras (PETR4) enfrenta pressões que já impactaram a distribuição de dividendos em 2025 e podem modificar os pagamentos futuros. A queda de 12% no preço do barril de petróleo neste ano, causada pelo aumento da oferta da Opep+, combinada com investimentos elevados no primeiro semestre, reduziu o fluxo de caixa livre da companhia. Além disso, o cenário político brasileiro, especialmente as eleições presidenciais de 2026, adiciona incertezas sobre a política de dividendos da estatal.
Nos primeiros trimestres de 2025, a Petrobras registrou um capex de US$ 8,4 bilhões, acima das expectativas do mercado, o que diminuiu o montante disponível para distribuição aos acionistas. Analistas destacam que os investimentos em exploração, produção e refino podem limitar os pagamentos de dividendos. A empresa deve divulgar em novembro seu plano estratégico para 2026-2030, que prevê uma redução de custos de US$ 8 bilhões em cinco anos, o que pode beneficiar os dividendos no médio prazo.
Para o segundo semestre de 2025, a expectativa é distribuir cerca de R$ 1,56 por ação em proventos, resultando em um dividend yield aproximado de 4,91%. Para o ano todo, a projeção é de um yield de 10%, metade do registrado em 2024. O resultado das eleições presidenciais poderá influenciar a política de investimentos e dividendos: continuidade política manteria investimentos robustos e dividendos moderados; mudança no governo poderia reduzir capex e aumentar a distribuição aos acionistas. Apesar dos desafios, a Petrobras mantém valuation atrativo e remuneração relevante para investidores com perfil de longo prazo.