A Polícia Civil de São Paulo realizou, no dia 30 de setembro de 2025, uma operação em Americana que resultou na descoberta de uma fábrica clandestina de bebidas alcoólicas. No local, situado em uma chácara na zona rural da cidade, eram produzidos uísque, gim e vodca falsificados. Durante a ação, os agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) apreenderam mais de 17.700 unidades dos produtos, além de recipientes para armazenamento e garrafas vazias. Duas pessoas foram detidas sob suspeita de envolvimento na falsificação e devem responder por crimes contra a saúde pública, propriedade material e relações de consumo.
Segundo o delegado Wagner Carrasco, as investigações duraram mais de um mês e revelaram que a fábrica abastecia não apenas o comércio local, mas também a capital paulista. A operação contou com o apoio da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) e de uma empresa de comércio eletrônico utilizada para a comercialização dos produtos falsificados. Paralelamente, ações fiscalizatórias realizadas pela Secretaria Estadual da Saúde (SES), Secretaria de Segurança Pública (SSP), Centro de Vigilância Sanitária (CVS) e Vigilância Sanitária do Município (Covisa) em bares e adegas nas regiões dos Jardins e da Mooca, em São Paulo, resultaram na apreensão de 117 garrafas sem rótulos ou comprovação de procedência, com dois estabelecimentos autuados por irregularidades sanitárias.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, anunciou a solicitação à Polícia Federal para abertura de inquérito que investigue a origem e possível rede de distribuição do metanol responsável pela intoxicação de 17 pessoas nos últimos dois meses em São Paulo. As investigações serão conduzidas em conjunto com a Polícia Civil paulista. O caso evidencia a gravidade dos riscos à saúde pública associados à venda e consumo de bebidas adulteradas, reforçando a necessidade de ações integradas para coibir essa prática.