Passado um mês do incêndio que resultou na morte de seis pessoas e deixou dez feridos em uma unidade terapêutica do Instituto Liberte-se, o Ministério Público do Distrito Federal e o governo local instituíram forças-tarefa para fiscalizar clínicas e comunidades terapêuticas. Em reunião realizada no Ministério Público, foram definidas ações que incluem inspeções rigorosas, coleta de evidências e, se necessário, recomendações judiciais para garantir a segurança desses locais.
Segundo a Vigilância Sanitária do DF, 152 estabelecimentos desse tipo serão vistoriados. Durante a reunião, representantes governamentais reconheceram falhas na fiscalização, destacando que muitas instituições funcionam sem supervisão adequada e recebem recursos públicos sem prestar contas. No caso específico do Instituto Liberte-se, órgãos como DF Legal, Saúde, Justiça, Vigilância Sanitária e Defesa Civil não atuaram de forma eficaz, o que contribuiu para a tragédia.
As forças-tarefa buscam implementar um plano integrado de políticas públicas e criar uma rede de apoio para as famílias, garantindo encaminhamento a serviços adequados de saúde mental. A iniciativa representa um passo fundamental para prevenir novos incidentes e assegurar que as comunidades terapêuticas operem com transparência e segurança, protegendo os cidadãos mais vulneráveis.