Desde o início de maio, jovens da Geração Z lideram protestos no centro de Lima, capital do Peru, contra a reforma da previdência aprovada pelo Congresso e a crescente insegurança pública. A manifestação mais recente, realizada em 28 de maio, terminou em confrontos entre manifestantes e policiais, deixando feridos e causando danos materiais. O movimento, que começou entre estudantes universitários, ampliou-se para incluir trabalhadores do setor de transportes e outros grupos sociais insatisfeitos.
A reforma previdenciária impõe contribuições obrigatórias para trabalhadores autônomos e limita os saques antecipados para menores de 40 anos, gerando forte rejeição entre os jovens. Além disso, há um sentimento generalizado de insatisfação com a presidente Dina Boluarte e a coalizão que a apoia no Congresso, acusados de autoritarismo. Inspirados por protestos recentes em países como Nepal e Indonésia, os manifestantes utilizam símbolos da cultura digital e pop para expressar seu descontentamento.
Essas manifestações refletem uma crise política e social no Peru, com potencial para provocar mudanças significativas. A persistência dos protestos pode levar o governo a reconsiderar suas políticas previdenciárias e a intensificar ações para combater a violência urbana, temas centrais nas reivindicações populares.