Os Estados Unidos enfrentam desde esta quarta-feira (1º) a primeira paralisação do governo federal desde 2019, após o Congresso não conseguir aprovar um orçamento provisório para manter o financiamento das atividades públicas. O impasse entre democratas e republicanos, liderados pelo ex-presidente Donald Trump, centra-se nos gastos com saúde, resultando no afastamento temporário de centenas de milhares de servidores ou na exigência de trabalho sem pagamento imediato.
O conflito político envolve a exigência dos democratas para prorrogar programas de assistência médica prestes a expirar, que beneficiam cerca de 24 milhões de americanos, especialmente em estados governados por republicanos como Flórida e Texas. Já os republicanos defendem que essa questão seja tratada separadamente e acusam os adversários de usar o orçamento como instrumento político às vésperas das eleições legislativas de 2026. Na noite anterior, o Senado rejeitou propostas dos dois partidos para evitar a paralisação.
Com a paralisação, apenas serviços essenciais seguem funcionando, como segurança pública e controle aéreo, embora com funcionários trabalhando sem remuneração imediata. Serviços como parques nacionais e museus foram fechados, e atrasos em voos são esperados. Economistas estimam perdas semanais de até US$ 400 milhões e redução no crescimento do PIB americano. A crise política acirra a polarização e gera incertezas para milhões de cidadãos sobre o futuro dos serviços públicos.