Mais de 150 mil servidores federais dos Estados Unidos deixaram a folha de pagamento do governo nesta semana, configurando o maior desligamento voluntário em quase oito décadas. O programa de demissão voluntária, que começou em 30 de setembro de 2025, oferece incentivos financeiros combinados com a ameaça de cortes compulsórios para os que não aderirem. Entre os desligados estão funcionários que estavam afastados em licença remunerada nos meses anteriores.
Especialistas alertam para uma fuga de cérebros sem precedentes, ressaltando que o conhecimento acumulado ao longo dos anos é fundamental para a execução eficaz dos programas governamentais. A saída em massa ameaça a continuidade de políticas públicas e compromete áreas essenciais como previsão do tempo, segurança alimentar, saúde pública e projetos espaciais. No Serviço Nacional de Meteorologia, cerca de 200 técnicos foram desligados, impactando diretamente a manutenção e operação dos equipamentos.
A iniciativa faz parte da estratégia da administração Trump para reduzir o tamanho da máquina pública federal. Críticos, especialmente da oposição democrata, denunciam cortes indiscriminados e alertam para os efeitos estruturais negativos no funcionamento das agências governamentais. A perda expressiva de servidores qualificados pode comprometer a capacidade do governo em atender demandas essenciais no futuro próximo.