Zara adota inteligência artificial em fotos e gera polêmica na moda

Patricia Nascimento
Tempo: 2 min.

A Zara revelou sua nova estratégia de utilizar inteligência artificial para criar imagens de modelos vestindo suas roupas, eliminando a necessidade de ensaios fotográficos. Esta mudança pode representar uma economia significativa para a marca no competitivo mercado de fast fashion, mas levanta sérias questões sobre o impacto sobre os profissionais da indústria da moda, especialmente aqueles em início de carreira.

O uso da IA não é exclusivo da Zara; outras grandes marcas como H&M e Guess também estão implementando tecnologias semelhantes, criando clones digitais de modelos. A adoção dessa tecnologia provoca um debate urgente sobre a precarização do trabalho, com muitos profissionais temendo pela sua segurança e futuras oportunidades de emprego. A Zara, ao buscar autorização de modelos para utilizar suas imagens, tenta mitigar a controvérsia, mas a situação ainda gera desconforto entre os que dependem do setor para sua subsistência.

No Brasil, a agência Joy está na vanguarda ao desenvolver avatares digitais de seus modelos, buscando adaptar-se às novas demandas do mercado. Apesar de a iniciativa visar a criação de novas oportunidades, surgem dúvidas sobre a viabilidade da coexistência de humanos e avatares em um mercado cada vez mais digital. A discussão sobre o uso ético da inteligência artificial na moda destaca a necessidade de um debate profundo sobre os direitos dos trabalhadores e o futuro da profissão.

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