As avaliações das empresas de inteligência artificial estão se aproximando dos níveis observados durante a bolha das ponto-com, gerando apreensão entre investidores. Recentemente, o S&P 500 atingiu um aumento de quase 50% nos últimos dois anos, impulsionado pela promessa da inteligência artificial, mas alguns analistas alertam que essa valorização é arriscada e pode não se sustentar a longo prazo.
Embora muitos investidores vejam razões para o otimismo, como o crescente lucro das empresas de tecnologia, o governador do Banco da Inglaterra expressou preocupações sobre as avaliações atuais. O índice preço/lucro (P/L) do S&P 500, atualmente em torno de 27, se aproxima dos níveis de 1999, o que levanta questões sobre a viabilidade desse crescimento. A comparação com o passado ressalta a incerteza do presente, com alguns acreditando que estamos mais próximos de 1996 do que de 1999.
As preocupações sobre a sustentabilidade do crescimento das empresas de IA e o risco de um eventual colapso permanecem no horizonte. A recente volatilidade do mercado, impulsionada por dívidas elevadas e a dependência de grandes contratos, destaca a fragilidade do setor. A capacidade das empresas de atender às altas expectativas de lucro será fundamental para determinar se esse otimismo se concretizará ou se o mercado enfrentará uma nova crise.

