Um vídeo de 2016, recentemente revelado pela CNN, colocou o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, em uma posição delicada em relação ao presidente Donald Trump. Durante as gravações, Hegseth afirma que os militares devem recusar ordens ilegais, uma postura que contrasta com suas recentes declarações em apoio a operações militares no Caribe, que geraram polêmica após ataques na costa da Venezuela e Colômbia.
Essas ações, que já resultaram em mais de oitenta mortes, estão sendo criticadas como execuções extrajudiciais, especialmente porque o governo não apresentou evidências de que as vítimas eram traficantes. Hegseth, que era comentarista da Fox News na época do vídeo, havia advertido que soldados poderiam ser responsabilizados criminalmente por seguir ordens ilegais, o que agora ele parece desconsiderar ao criticar congressistas democratas que compartilham da mesma visão sobre a questão.
O secretário, em um discurso recente, justifica as operações navais e compara suspeitos de tráfico a terroristas, defendendo que Trump pode usar a força conforme necessário. Essa mudança de posição não apenas gera confusão sobre a legalidade das ações militares, mas também pode afetar a dinâmica entre o governo e o Congresso, aumentando a pressão sobre Hegseth e sua relação com a administração Trump.

