Vereadora denuncia Hélio Bolsonaro ao MP por intolerância religiosa em vídeo

Jackelline Barbosa
Tempo: 2 min.

A vereadora Benny Briolly, do PSOL, protocolou uma representação no Ministério Público em resposta a um vídeo viral do deputado Hélio Fernando Barbosa Lopes, conhecido como Hélio Bolsonaro. No vídeo, Hélio atribui supostas tragédias e tentativas de morte do ex-presidente Jair Bolsonaro a práticas de religiões de matriz africana, utilizando termos como ‘macumba’ e ‘feitiçaria’. As declarações, que foram amplamente criticadas, levantaram preocupações sobre a intolerância religiosa e o racismo que afeta essas comunidades.

Briolly classificou as falas como inaceitáveis e um ataque à liberdade religiosa, destacando que esse tipo de discurso pode incitar violência contra praticantes de religiões afro-brasileiras. A vereadora, que é a primeira parlamentar trans eleita e reeleita no Rio de Janeiro, enfatizou que a responsabilidade de um agente político é promover a dignidade e a cidadania, não propagar ódio. Ela também mencionou a gravidade de associar práticas religiosas a desgraças, alertando para o potencial de retaliações contra esses grupos.

Além de sua representação no Ministério Público, Benny Briolly expressou preocupação com um projeto em tramitação na Câmara dos Deputados que pode isentar pastores de punições por discursos racistas ou homofóbicos. Ela defendeu que a fé não deve ser usada como justificativa para discursos de ódio, reafirmando seu compromisso com a defesa da liberdade religiosa e dos direitos humanos. A parlamentar ressaltou que a luta contra o racismo religioso é fundamental para a democracia e a dignidade dos brasileiros.

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