A Venezuela assegurou que suas exportações de petróleo continuam sem interrupções, mesmo após o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre um bloqueio a petroleiros sancionados que entram ou saem do país. A declaração foi feita em 17 de dezembro de 2025, e o governo venezuelano chamou a medida de ‘irracional’, enquanto a Força Armada também expressou sua condenação ao bloqueio. Trump afirmou que a restrição permanecerá até que a Venezuela devolva o petróleo que, segundo ele, foi ‘roubado’ dos EUA.
A estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) comunicou que as operações de exportação estão ocorrendo normalmente, com garantias de suporte técnico e operacional. O presidente Nicolás Maduro conversou com o secretário-geral da ONU, António Guterres, pedindo que as declarações de Trump sejam rechaçadas, considerando-as uma ameaça à soberania venezuelana. As tensões entre os dois países aumentam, especialmente após a apreensão de um navio-tanque carregado de petróleo por forças americanas, ação que a Venezuela classificou como ‘roubo descarado’.
As consequências deste bloqueio podem ser significativas para a economia venezuelana, que depende fortemente do petróleo. A consultoria Capital Economics alerta que um bloqueio efetivo seria um golpe crítico para a economia do país. Com a crescente pressão internacional e o apoio dos EUA a líderes opositores, como María Corina Machado, a situação política na Venezuela continua instável e pode impactar a produção e exportação de petróleo nos próximos meses.

