As Forças Armadas da Venezuela anunciaram neste sábado (6) a incorporação de 5.600 novos soldados em meio ao aumento das tensões com os Estados Unidos, que enviaram uma frota militar ao Caribe. O presidente Nicolás Maduro pediu um reforço no alistamento militar, qualificando a presença americana como uma ameaça ao país. A cerimônia de alistamento ocorreu no Forte Tiuna, em Caracas, e foi marcada por discursos de lealdade às forças armadas e à revolução bolivariana.
Durante a cerimônia, os oficiais destacaram que os novos recrutas são considerados ‘combatentes revolucionários’ e ‘profundamente chavistas’, treinados para resistir ao que Maduro chama de ‘imperialismo’. O presidente, que tem as Forças Armadas como um pilar de seu governo, expressou que a unidade e a preparação militar são essenciais para a segurança da nação. As declarações foram reforçadas por um coronel, que assegurou que a Venezuela não permitirá a invasão de potências estrangeiras.
A ação de alistar novos soldados ocorre em um contexto de crescente retórica bélica entre a Venezuela e os Estados Unidos, que acusam Maduro de diversos crimes, incluindo narcotráfico. A resposta militar da Venezuela levanta questões sobre a estabilidade regional e o potencial para um aumento de hostilidades. A mobilização de tropas pela Venezuela e os convites ao alistamento podem intensificar as tensões e criar um cenário de incerteza na geopolítica da América Latina.