A Venezuela está à beira de uma crise de armazenamento de petróleo, com seus terminais se aproximando da capacidade máxima devido às sanções impostas pelos Estados Unidos e à apreensão recente de petroleiros. A estatal Petróleos de Venezuela SA (PDVSA), que produz cerca de 1 milhão de barris por dia, pode ser forçada a fechar poços caso a situação não se normalize rapidamente.
Atualmente, os tanques de armazenamento estão se enchendo rapidamente, e a previsão é que alcancem a saturação em aproximadamente 10 dias. Essa pressão sobre a capacidade de armazenamento é resultado das novas restrições impostas pelo governo dos EUA, que intensificaram a campanha para cortar a receita de petróleo do regime do presidente Nicolás Maduro. Além disso, a movimentação de navios está praticamente parada, à medida que o mercado evita riscos de apreensão.
As implicações dessa crise podem ser severas para a economia venezuelana, já fragilizada por anos de sanções e má gestão. A PDVSA, que já viu sua produção cair drasticamente no passado, enfrenta o desafio de manter sua operação diante de um cenário de restrições crescentes. A continuidade das operações da Chevron no país, que opera sob licença do Tesouro dos EUA, pode não ser suficiente para evitar uma nova queda na produção nacional de petróleo.

