Nesta terça-feira, 16 de dezembro de 2025, a Venezuela apresentou uma denúncia ao Conselho de Segurança da ONU, alegando que os Estados Unidos realizaram o ‘roubo’ de um navio petroleiro. O governo americano apreendeu a embarcação como parte de suas operações militares no Caribe, justificando a ação com a acusação de que o navio estava vinculado a atividades ilegais que apoiam organizações terroristas. A Venezuela, por sua vez, classificou o ato como ‘pirataria naval’.
O embaixador venezuelano na ONU enviou uma carta ao Conselho pedindo que condenasse publicamente o uso da força militar contra um navio privado, além de exigir a devolução da carga de petróleo e a libertação dos tripulantes, que foram descritos como ‘sequestrados’. A carta enfatiza que a operação comercial era legítima e de acordo com o direito internacional, desafiando as alegações dos EUA. Essa situação ocorre em um contexto de crescente tensão entre os dois países, especialmente com a presença militar americana na região.
As operações dos EUA no Caribe, que incluem o envio de uma flotilha de navios de guerra e sobrevoos frequentes, visam pressionar o governo do presidente Nicolás Maduro em sua luta contra o narcotráfico. No entanto, as ações resultaram em um aumento da tensão regional, com um saldo de 95 mortos em confrontos relacionados a embarcações suspeitas de contrabando. A apreensão do navio, que transportava entre 1 e 2 milhões de barris de petróleo, destaca a crise contínua que a Venezuela enfrenta na indústria petrolífera, agravada por um embargo que a força a vender seu petróleo a preços muito baixos no mercado negro.

