O comércio varejista brasileiro teve um crescimento de 0,5% em outubro em comparação a setembro, conforme indicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse aumento é atribuído a uma combinação de fatores, incluindo a redução da inflação e a melhora nas condições do mercado de trabalho, de acordo com Cristiano Santos, gerente da Pesquisa Mensal do Comércio. Este é o primeiro crescimento estatisticamente relevante desde março, quando o varejo apresentou uma alta de 0,7%.
Santos destacou que o crescimento nas vendas foi generalizado entre diversas categorias, com exceção dos setores de tecidos, vestuário e calçados, que registraram queda. Em outubro, as vendas de supermercados e produtos farmacêuticos se mostraram particularmente resilientes, mesmo que não tenham atingido os melhores resultados neste mês. O crédito à pessoa física também se expandiu, apesar da taxa de juros elevada, indicando uma continuidade no consumo das famílias brasileiras.
O aumento geral nas vendas sugere uma recuperação do consumo, com a renda disponível sendo direcionada tanto para itens essenciais quanto para bens não essenciais. Santos observou que as vendas de farmacêuticos estão em níveis recordes, enquanto os supermercados se aproximam de picos históricos. Essa dinâmica pode indicar uma mudança nas preferências dos consumidores, que estão buscando diversificar suas compras enquanto mantêm a estabilidade em produtos básicos.

