Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram um exame de ressonância magnética capaz de prever o risco de metástase em pacientes com câncer de reto. O estudo, liderado pela radiologista Cinthia Ortega, envolveu 132 pacientes e foi publicado na revista European Radiology. A pesquisa se torna especialmente relevante em um contexto onde o câncer colorretal tem aumentado significativamente entre adultos jovens, especialmente aqueles com menos de 50 anos.
O câncer colorretal, que afeta partes do intestino grosso, é uma preocupação crescente, com um aumento de quase 80% nos diagnósticos em adultos jovens nas últimas três décadas. Fatores como dieta, sedentarismo e alterações no microbioma são apontados como possíveis causas. A ressonância magnética, além de permitir o estadiamento do tumor, mostrou-se eficaz na identificação de padrões que indicam a probabilidade de metástase, transformando o exame em uma ferramenta prognóstica valiosa.
Esses achados têm implicações significativas para a medicina de precisão, permitindo que tratamentos sejam adaptados ao risco individual de cada paciente. O estudo sugere que, ao evitar terapias agressivas em casos de baixo risco, é possível melhorar a qualidade de vida dos pacientes. A pesquisa não apenas aponta novas direções para o tratamento do câncer de reto, mas também destaca a necessidade de um monitoramento mais rigoroso e intervenções precoces na população jovem.


