A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, solicitou a aprovação dos líderes dos 27 países da União Europeia para o aguardado acordo comercial com o Mercosul, durante uma reunião em Bruxelas na última quinta-feira. Essa iniciativa visa estabelecer uma das maiores áreas de livre comércio do mundo, unindo a UE a Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, mas enfrenta resistência, especialmente da França, que levantou preocupações sobre o impacto na agricultura local.
O acordo comercial pretende eliminar tarifas sobre produtos da UE, como carros e vinhos, enquanto facilita a entrada de produtos do Mercosul, como carne bovina e açúcar. A expectativa da Comissão Europeia é que o acordo seja assinado até o final deste ano. No entanto, a pressão crescente de países como a França e Itália, que hesitam em apoiar o pacto, pode dificultar essa meta, devido a receios sobre a concorrência com produtos agrícolas estrangeiros.
As divisões internas na UE têm gerado tensões com o Brasil, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva alertou que o país poderia abandonar o acordo se a conclusão não ocorrer em breve. Ele enfatizou que a resistência de nações europeias, como França e Itália, é motivada por questões políticas internas, e deixou claro que, sob sua presidência, o Brasil não realizará novos acordos se o atual não for finalizado rapidamente.

