União Europeia debate novas medidas restritivas para a imigração

Rafael Barbosa
Tempo: 2 min.

Os ministros do Interior da União Europeia se reuniram em Bruxelas nesta segunda-feira (8) com o intuito de revisar a política migratória do bloco, propondo a criação de ‘centros de retorno’ para imigrantes. A reunião ocorre em um contexto de crescente ascensão da direita e da extrema direita na política europeia, refletindo a pressão sobre os governos para agir diante da questão migratória. As propostas buscam reforçar os controles sobre as chegadas e expulsões de imigrantes, visando um endurecimento significativo das normas atuais.

Durante o encontro, os ministros devem votar três propostas apresentadas pela Comissão Europeia, que incluem medidas como a abertura de centros fora das fronteiras da UE e sanções mais rigorosas contra aqueles que não aceitarem deixar o território europeu. Contudo, a eficácia dessas iniciativas é questionada por alguns países, como a Espanha, que já vivenciaram tentativas malsucedidas semelhantes. A resistência também vem da França, que levanta questões sobre a legalidade das novas propostas, gerando indignação entre grupos de defesa dos direitos humanos.

As consequências dessas deliberações podem ser amplas, especialmente se os Estados-membros aprovarem as propostas nesta segunda-feira. A adoção definitiva das novas políticas, prevista para o início do próximo ano, poderá impactar a distribuição de solicitantes de asilo na Europa, exigindo que países menos afetados pela imigração acolham mais refugiados. Apesar das pressões, nações como Bélgica, Suécia e Áustria já sinalizaram que não estão dispostas a aceitar mais solicitantes, destacando o delicado equilíbrio político que os ministros enfrentam nesta questão.

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