Na madrugada desta sexta-feira (19), os líderes da União Europeia chegaram a um acordo para conceder um empréstimo de 90 bilhões de euros à Ucrânia, sem recorrer aos ativos russos congelados. O consenso foi alcançado em Bruxelas, após mais de um dia de intensas negociações, em resposta à necessidade urgente de financiamento do país em meio à guerra que se arrasta desde 2022.
O empréstimo, que será financiado pelo orçamento da UE e reembolsado somente se a Rússia pagar indenizações, representa um compromisso significativo da União Europeia com a Ucrânia. Apesar de tentativas anteriores de utilizar os ativos congelados da Rússia para financiar a ajuda, a falta de consenso entre os Estados membros levou à adoção dessa alternativa. O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, expressou gratidão pela decisão, ressaltando sua importância para a resiliência do país.
O acordo de 90 bilhões de euros é um passo estratégico para a Ucrânia, que enfrenta riscos financeiros iminentes, com a necessidade total de financiamento estimada em 137 bilhões de euros. A ausência de um consenso sobre a utilização de ativos russos demonstra as complexidades políticas envolvidas, enquanto a pressão sobre a Rússia para encerrar a guerra se intensifica. A expectativa é que outros aliados, como a Noruega e o Canadá, também contribuam para o apoio financeiro necessário à Ucrânia.