Na madrugada de sexta-feira, 19 de dezembro, os líderes da União Europeia anunciaram um acordo para desbloquear 90 bilhões de euros em ajuda financeira à Ucrânia, que será disponibilizada até 2027. O presidente do Conselho Europeu, António Costa, utilizou a rede social X para confirmar o fechamento do acordo, ressaltando a relevância dessa medida em um momento crítico para o país. A decisão vem em resposta à necessidade de apoio financeiro diante da diminuição da assistência dos Estados Unidos.
Durante a cúpula realizada em Bruxelas, os chefes de Estado e de governo dos 27 países da UE discutiram maneiras de viabilizar o financiamento para a Ucrânia. A proposta de utilizar ativos russos congelados na Europa, que contava com o apoio da Alemanha e da Comissão Europeia, foi rejeitada após longas horas de negociação. O chanceler alemão, Friedrich Merz, expressou contentamento com o resultado, afirmando que a UE enviou uma mensagem clara ao presidente russo, Vladimir Putin.
O acordo representa um passo significativo para a Ucrânia, que enfrenta desafios financeiros e militares sem precedentes. A decisão da União Europeia também pode impactar as relações do bloco com a Rússia, evidenciando a disposição dos países europeus em apoiar Kiev em um contexto de crescente tensão geopolítica. As implicações desse financiamento poderão ser sentidas nos próximos anos, à medida que a Ucrânia busca estabilizar sua economia e fortalecer suas defesas.

