TST marca julgamento de dissídio coletivo dos Correios em meio a greve

Isabela Moraes
Tempo: 2 min.

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) agendou uma sessão extraordinária para o dia 30 de dezembro para deliberar sobre o dissídio coletivo entre os Correios e seus empregados. A medida ocorre em meio a uma greve que começou em 16 de dezembro, com os trabalhadores rejeitando a última proposta da empresa, que incluía um aumento salarial de 5,13%. O presidente do TST, Luiz Phillippe Vieira de Mello Filho, também determinou uma audiência de conciliação para o dia 27, na esperança de evitar o julgamento no dia seguinte.

As entidades representativas dos trabalhadores criticaram a proposta da empresa, que prevê alterações nas condições de trabalho, como o fim do ponto por exceção, afetando diretamente a jornada dos carteiros. Além disso, o TST impôs que ao menos 80% do efetivo permaneça em atividade durante a greve, sob pena de multas, o que ressalta a importância do serviço postal, especialmente em período de alta demanda como o final de ano. A proposta de recomposição salarial, que seria aplicada a partir de janeiro de 2026, e a cláusula de correção pela inflação também estão em debate.

As repercussões da decisão do TST poderão impactar a continuidade dos serviços postais e a relação entre os Correios e seus empregados. A greve já resultou em atrasos significativos nas entregas, com a taxa de cumprimento de prazos caindo para menos de 70%, comparado a 97,7% no início de janeiro. Assim, o desfecho deste processo não apenas influenciará os trabalhadores, mas também a população, que depende dos serviços prestados pela estatal.

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