Nesta sexta-feira, 19 de dezembro, a ministra Kátia Magalhães Arruda, do Tribunal Superior do Trabalho, decidiu que 80% dos trabalhadores dos Correios devem permanecer em operação durante a greve deflagrada em 16 de dezembro. A medida liminar foi concedida em resposta ao pedido da estatal, que buscou proteção contra a paralisação total dos serviços, essenciais para a população. Em caso de descumprimento, uma multa diária de R$ 100 mil será aplicada a cada sindicato envolvido.
A greve, que abrange nove estados, é desencadeada por demandas dos funcionários por um novo acordo coletivo e um reajuste salarial, além de soluções para a crise financeira da empresa, que anunciou a necessidade de um empréstimo de R$ 12 bilhões garantidos pelo Tesouro Nacional. A ministra ressaltou a importância do serviço postal, considerando-o essencial e indissociável do funcionamento da sociedade. A ação judicial reflete a tensão entre a necessidade de manutenção dos serviços e as reivindicações dos trabalhadores.
Com as agências abertas e medidas de contingência em vigor, os Correios buscam minimizar os impactos da greve na população. A situação destaca o desafio enfrentado pela estatal em equilibrar as necessidades de seus funcionários e a continuidade de seus serviços. O desdobramento desse impasse poderá influenciar não apenas as negociações internas, mas também a percepção pública sobre a gestão da empresa em tempos de crise.