A ministra Kátia Magalhães Arruda, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), determinou que os trabalhadores dos Correios mantenham 80% do efetivo ativo durante a greve da categoria, iniciada em 16 de dezembro de 2025. A decisão foi tomada em uma liminar a pedido da estatal, que enfrenta uma crise financeira, e impõe multa diária de R$ 100 mil a sindicatos que descumprirem a ordem judicial.
A greve abrange nove estados brasileiros, incluindo Ceará, Paraíba, Mato Grosso e São Paulo. A ministra destacou que o serviço postal é essencial e não pode ser totalmente paralisado, especialmente durante um dissídio coletivo em andamento no TST. Os funcionários reivindicam um novo acordo coletivo e um reajuste salarial, em meio a um cenário financeiro desafiador para a empresa, que prevê a necessidade de um empréstimo de R$ 12 bilhões garantidos pelo Tesouro.
Os Correios informaram que todas as agências estão operando e que foram adotadas medidas de contingência para minimizar os impactos da greve. A situação evidencia a tensão entre a necessidade de negociação trabalhista e a manutenção de serviços públicos essenciais, gerando um cenário de incerteza para os trabalhadores e a população que depende dos serviços postais.

