O Tribunal Superior do Trabalho (TST) convocou uma sessão extraordinária para o dia 30 de dezembro, com o objetivo de julgar o dissídio coletivo entre os Correios e seus empregados, em meio a uma greve que começou em 16 de dezembro. O presidente do TST, Luiz Phillippe Vieira de Mello Filho, também agendou uma audiência de conciliação entre as partes para a próxima segunda-feira, 29 de dezembro, após as entidades representativas dos trabalhadores terem rejeitado a proposta da estatal.
A proposta dos Correios, que previa uma recomposição salarial de 5,13% a partir de janeiro de 2026, foi considerada insuficiente pelos sindicatos, que criticaram ainda a inclusão do fim do ponto por exceção, que afeta a contabilização das horas trabalhadas. O TST já havia determinado, em decisão anterior, que ao menos 80% do efetivo por agência deve ser mantido em operação para garantir a continuidade dos serviços, especialmente em um período crítico como o fim de ano.
Com a greve e a recusa das propostas, a situação dos Correios se agrava, refletindo uma crise financeira que impacta a entrega de encomendas, com índices de cumprimento de prazos caindo acentuadamente. A expectativa é que a audiência de conciliação possa levar a um acordo, evitando a necessidade do julgamento pelo TST, o que teria sérias implicações para as operações da estatal e para os trabalhadores envolvidos.

