O Tribunal Superior do Trabalho (TST) convocou uma sessão extraordinária para o dia 30 de dezembro, a fim de deliberar sobre o dissídio coletivo entre os Correios e seus empregados. A audiência ocorre em meio a uma greve iniciada em 16 de dezembro, após a recusa dos trabalhadores a uma proposta de recomposição salarial apresentada pela estatal. A situação se torna ainda mais crítica considerando o impacto da greve na operação dos Correios durante o período de festas.
A proposta dos Correios previa um aumento salarial de 5,13% a partir de janeiro de 2026, mas foi rejeitada por 16 dos 18 sindicatos que representam os funcionários. O presidente do TST, Luiz Phillippe Vieira de Mello Filho, determinou uma última rodada de negociações entre as partes para a próxima segunda-feira, visando evitar o julgamento na terça. A mediada do TST ocorre em meio a uma intensificação da greve, que já afetou significativamente a entrega de encomendas pelo Brasil.
Caso a mediação não resulte em acordo, os ministros do TST decidirão sobre as cláusulas do acordo coletivo, o que poderá implicar em novas ações dos trabalhadores. Além disso, o TST já havia determinado que os sindicatos mantivessem 80% dos funcionários em atividade, sob pena de multa, para garantir a continuidade dos serviços essenciais. O desfecho dessa situação pode ter repercussões significativas na operação da estatal e na prestação de serviços à população.