Na última sexta-feira, 5 de dezembro de 2025, o governo de Donald Trump anunciou sua nova estratégia de segurança nacional, que propõe mudanças significativas nas prioridades dos Estados Unidos. O principal destaque é o chamado ‘Corolário Trump’, que reinterpreta a Doutrina Monroe, afirmando que a América Latina deve ficar fora do alcance de potências estrangeiras, especialmente da China e da Rússia.
O novo documento enfatiza a importância de garantir que os países latino-americanos sejam ‘razoavelmente estáveis e bem governados’ para evitar a migração em massa para os Estados Unidos. Além disso, a estratégia sugere que os Estados Unidos devem impedir que competidores externos, como a China, adquiram influência significativa na região. Essa abordagem reflete um desejo de reafirmar a hegemonia americana na América Latina, que foi uma prioridade histórica desde o século XIX.
As consequências dessa nova diretriz podem ser profundas, levando a um realinhamento das relações entre os Estados Unidos e os países da América Latina. A estratégia pode provocar tensões nas relações diplomáticas e comerciais, especialmente se houver resistência à intervenção americana. Além disso, a ênfase na estabilidade interna dos países da região poderá resultar em apoio a regimes autoritários, caso sejam considerados aliados estratégicos na luta contra a migração e a influência estrangeira.