O governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, impôs restrições a vistos de autoridades eleitorais de Honduras, citando interferência na recontagem dos votos. Os vistos do juiz do Tribunal de Justiça Eleitoral, Mario Morazán, e do funcionário do Conselho Nacional Eleitoral, Marlon Ochoa, foram afetados, ambos vinculados ao partido governista de esquerda LIBRE. A medida foi anunciada pelo Departamento de Estado, que enfatizou a intolerância a ações que prejudicam a segurança nacional e a estabilidade regional.
A recontagem ocorre quase 20 dias após as eleições, com a contagem especial iniciando após uma pausa de mais de uma semana. A pequena margem entre os principais candidatos, o conservador Nasry Asfura e Salvador Nasralla, gerou a necessidade de revisar 2.792 urnas devido a inconsistências. Com 99,85% dos votos contabilizados, Asfura lidera com 40,24%, enquanto Nasralla segue com 39,64% e Rixi Moncada, do LIBRE, aparece com 19,12% sem reconhecer os resultados.
As restrições de vistos e a recontagem incerta refletem a tensão política em Honduras e a influência dos Estados Unidos na região. A situação gera preocupações sobre a legitimidade do processo eleitoral e possíveis repercussões na governança do país. À medida que os hondurenhos aguardam os resultados, as implicações para as relações bilaterais e para a estabilidade política permanecem incertas.

