Trump privilegia líderes autoritários do Oriente Médio em nova estratégia

Bianca Almeida
Tempo: 2 min.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, manifestou sua preferência por líderes autoritários do Oriente Médio, como Mohammed bin Salman, da Arábia Saudita, e Recep Tayyip Erdogan, da Turquia, em detrimento de seus pares democráticos europeus. Em suas declarações, Trump descreveu esses líderes como ‘fantásticos’ e ‘amigos’, enfatizando que se sente mais à vontade com governantes que exercem poder absoluto. Essa postura se destaca em meio a uma mudança na política externa americana, que agora se afasta do tradicional foco em direitos humanos.

A nova Estratégia de Segurança Nacional dos EUA, sob a administração Trump, ignora questões de direitos humanos e mantém uma abordagem pragmática ao priorizar parcerias com países do Golfo. Especialistas argumentam que essa afinidade entre Trump e os líderes árabes reflete uma similaridade em estilos de liderança, caracterizados por decisões autoritárias e relações transacionais. Essa mudança marca uma ruptura significativa em relação a administrações anteriores, que, embora por vezes apenas nominalmente, condicionavam a cooperação a compromissos com a democracia.

As implicações dessa nova abordagem são profundas, pois podem reforçar um sistema internacional em que o poder absoluto é normalizado e legitimado. Trump, ao se alinhar com os ‘homens fortes’, pode estar contribuindo para uma transformação nas relações internacionais, onde a soberania absoluta prevalece sobre os valores democráticos. Essa tendência não se limita aos EUA, mas também é observada em outras nações que se afastam de sistemas democráticos, indicando uma possível mudança global nas dinâmicas de poder.

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