Trump militariza política contra a Venezuela por petróleo e drogas

Rodrigo Fonseca
Tempo: 2 min.

Em uma noite de primavera no Salão Oval, o presidente Donald Trump discutiu com seu secretário de Estado, Marco Rubio, estratégias para endurecer a postura dos EUA em relação à Venezuela. A pressão de parlamentares cubano-americanos foi crucial, especialmente em um momento em que Trump buscava apoio para suas políticas internas. A discussão se concentrou na possibilidade de interromper as operações da Chevron no país, embora Trump hesitasse em perder a única conexão da indústria petrolífera americana na Venezuela.

As reuniões entre Trump, Rubio e outros assessores revelaram uma fusão de objetivos: enfraquecer o regime de Nicolás Maduro, combater cartéis de drogas e garantir acesso a vastas reservas de petróleo. A campanha militarizada que se seguiu resultou em ataques a embarcações e um bloqueio efetivo da indústria petrolífera venezuelana. A diretriz secreta assinada por Trump em julho de 2020 ordenou operações militares contra cartéis, marcando um ponto de virada na abordagem dos EUA em relação ao país.

Os desdobramentos dessa estratégia resultaram em um aumento significativo da violência na região, com mais de 100 mortos em ataques a embarcações. Essa militarização da política externa americana levantou preocupações sobre a legalidade das ações, com especialistas classificando algumas operações como crimes de guerra. O governo Trump, no entanto, justificou suas ações como parte de um esforço maior para combater o tráfico de drogas e fortalecer a segurança nacional.

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