O governo dos Estados Unidos, sob a administração Trump, está considerando diferentes cenários para o que poderia ocorrer na Venezuela após a possível remoção de Nicolás Maduro do poder. Documentos internos, revelados pelo Washington Post, indicam que as discussões incluem a reação das Forças Armadas venezuelanas diante de um eventual colapso do regime e os planos da oposição para um governo de transição. Maduro, por sua vez, tem reforçado sua segurança, restringindo suas aparições públicas e cancelando compromissos, sinalizando crescente pressão sobre seu governo.
Além de se preparar para uma possível transição, a oposição venezuelana está planejando as primeiras ações a serem tomadas logo após a saída de Maduro, com eleições esperadas em até um ano. Os documentos discutidos pela oposição apontam que apenas 20% dos oficiais militares seriam considerados leais ao regime, de acordo com a análise feita. No entanto, permanece incerto qual tipo de acordo poderia convencer Maduro a deixar o cargo, já que ele acredita que permanecer no país é menos arriscado do que buscar asilo no exterior.
As implicações desse cenário são complexas, uma vez que aliados de Maduro, como Cuba e Rússia, ampliaram seu apoio ao governo venezuelano, o que pode dificultar negociações futuras. A administração Trump, embora tenha expressado o desejo de ver Maduro deixar o cargo, mantém canais de comunicação abertos, conforme revelado em uma conversa telefônica recente entre os dois líderes. Enquanto isso, intermediários, incluindo um empresário brasileiro, têm tentado facilitar diálogos entre as partes, em busca de uma solução pacífica para a crise.

