O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu neste sábado, 27 de dezembro, rejeitar um recurso do Banco Central (BC) que solicitava esclarecimentos adicionais sobre a acareação relacionada à investigação do Banco Master, agendada para o dia 30. Toffoli esclareceu que tanto o BC quanto seu diretor de Fiscalização, Ailton de Aquino Santos, não são considerados investigados, mas sim ‘terceiros interessados’ no processo.
Em sua decisão, Toffoli contestou os questionamentos do BC sobre a necessidade da acareação, ressaltando que a investigação envolve negociações entre bancos sob supervisão do BC, o que torna a participação da autoridade reguladora essencial. O ministro enfatizou a urgência da acareação, mesmo durante o recesso do Judiciário, devido ao impacto significativo que o caso pode ter sobre o sistema financeiro e às evidências já coletadas.
A investigação se concentra em suspeitas de irregularidades em uma transação de R$ 12,2 bilhões que envolvia a venda do Banco Master ao Banco de Brasília (BRB). O BC havia indicado problemas na operação durante sua análise técnica, levando à suspensão do negócio e à necessidade de uma acareação, que será organizada por um juiz auxiliar e conduzida pela Polícia Federal, mantendo o sigilo para não prejudicar as investigações.

