O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), agendou uma acareação entre Daniel Vorcaro, proprietário do Banco Master, e dois diretores do Banco Central e do Banco de Brasília (BRB) para o dia 30. A medida visa confrontar as versões sobre a tentativa de compra do Master, que foi recusada pelo Banco Central, em meio a um inquérito que investiga possíveis irregularidades.
O inquérito, que ganhou notoriedade após a Operação Compliance Zero, examina um suposto esquema de emissão de títulos de crédito sem lastro. Toffoli já havia solicitado diligências preliminares, estabelecendo um prazo de 30 dias para a Polícia Federal ouvir os investigados e solicitar documentos. Além disso, o delegado designado poderá requisitar informações de órgãos públicos e empresas, podendo até mesmo pedir a quebra de sigilos, se justificado.
As oitivas poderão ocorrer presencialmente no STF ou por videoconferência, com acompanhamento de magistrados auxiliares. O caso chegou ao Supremo após a menção de um deputado federal em documentos apreendidos, o que atraiu a competência da Corte. As investigações, que estavam paralisadas, foram reativadas com a relatoria de Toffoli, que agora busca esclarecer as circunstâncias em torno das operações do Banco Master e suas implicações para o setor financeiro.

