O fundo TGAR11, um dos maiores do setor imobiliário brasileiro, anunciou um plano de reequilíbrio de sua carteira para 2026, com uma migração significativa para operações de crédito imobiliário. Após um período de forte alocação em equity, impulsionado pela baixa da Selic entre 2020 e 2021, a gestora TG Core Asset pretende ajustar sua estratégia em resposta às condições econômicas atuais, onde os juros estão elevados e a economia desacelerada.
Atualmente, o portfólio do TGAR11 é composto por 85% em equity, mas a gestora está observando uma inversão na tendência. O gestor Pedro Ernesto destacou que a alocação em equity foi de 60% no auge dos juros baixos, mas agora, com oportunidades de crédito mais atraentes, o fundo começou a desinvestir em incorporações e redirecionar recursos para operações de crédito. Essa mudança é vista como uma resposta à alta dos custos de financiamento e à pressão inflacionária sobre os projetos de construção.
Para o futuro, a estratégia do TGAR11 visa alcançar uma divisão equitativa entre equity e crédito, com a previsão de que este equilíbrio seja atingido em dois anos. A recente venda de ativos como a Cipasa e a Nova Colorado, que gerou um lucro significativo, é um passo importante para garantir liquidez e viabilizar essa transição. A gestora permanece cautelosa, ciente das incertezas econômicas e políticas que possam impactar o mercado imobiliário brasileiro.


