O Tesouro Nacional decidiu reprovar um empréstimo de R$ 20 bilhões solicitado pelos Correios, citando os juros excessivos exigidos por um grupo de cinco bancos. A operação, aprovada anteriormente pelo Conselho de Administração dos Correios, solicitava uma taxa de 136% do CDI, que está acima do limite de 120% permitido para operações com garantia da União, segundo a normativa vigente.
A reprovação do empréstimo foi comunicada ao presidente dos Correios, Emmanoel Rondon, durante uma reunião no Ministério da Fazenda. Sem as garantias da União, os Correios não poderão contar com a proteção contra inadimplência, o que aumenta o risco para as instituições financeiras envolvidas. Agora, a estatal pode tentar renegociar os termos com os bancos ou buscar apoio financeiro direto do Tesouro Nacional para mitigar suas perdas financeiras, que já somam R$ 6,05 bilhões em 2025.
A situação financeira dos Correios se agrava, pois a empresa está sob um plano de reestruturação que inclui demissões voluntárias e fechamento de agências. O empréstimo seria utilizado para quitar dívidas e modernizar os serviços da estatal. Com a negativa do Tesouro, os Correios enfrentam a necessidade de encontrar soluções alternativas para garantir sua sustentabilidade e viabilidade financeira a longo prazo.