No dia 18 de dezembro, o Tesouro Nacional informou que finalizou a avaliação de uma operação de crédito destinada aos Correios, envolvendo cinco instituições financeiras. Entre elas, a Caixa, o Bradesco e o Banco do Brasil se comprometeram a emprestar R$ 3 bilhões cada, enquanto o Itaú e o Santander aportarão R$ 1,5 bilhão cada. O empréstimo será utilizado para sanar dívidas e financiar um programa de desligamento voluntário, além de investimentos em novas fontes de receita.
Os termos do empréstimo incluem juros de 115% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI) e um prazo de 15 anos, com carência de três anos. Essa operação respeita os limites de taxa de juros estabelecidos pelo Tesouro Nacional e atende aos requisitos necessários para a análise da capacidade de pagamento das estatais, conforme um decreto do governo Lula que possibilita planos de reequilíbrio para empresas em dificuldades operacionais. O valor aprovado também representa uma redução substancial nos encargos de juros, que deve gerar uma economia de quase R$ 5 bilhões em comparação com a proposta anterior.
Com um prejuízo acumulado de R$ 10 bilhões desde 2022, os Correios enfrentam uma situação financeira desafiadora. O empréstimo é um passo crucial para a recuperação da empresa, que busca reequilibrar suas contas e melhorar sua atuação no mercado de encomendas. O próximo estágio envolve a negociação das minutas contratuais, sob a supervisão da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional e do Tesouro, para garantir que a operação ocorra de forma transparente e eficiente.