Na quinta-feira (18), o Tesouro Nacional autorizou um empréstimo de até R$ 12 bilhões aos Correios, em Brasília. O valor é inferior ao montante de R$ 20 bilhões que havia sido rejeitado no início do mês. Os recursos devem ser utilizados para a reestruturação econômico-financeira da estatal, com um limite de R$ 5,8 bilhões para o exercício de 2025, alinhado ao déficit primário estimado para o ano.
O empréstimo aprovado terá um prazo de pagamento de 15 anos, com três anos de carência e juros de 115% do Certificado de Depósito Interbancário (CDI). A operação, que foi analisada em conjunto com cinco instituições financeiras, atende aos critérios de capacidade de pagamento para empresas estatais com planos de reequilíbrio financeiro. As minutas contratuais serão negociadas sob a supervisão da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e do Tesouro.
A nova operação representa uma redução significativa nos custos financeiros em comparação às propostas anteriores, podendo gerar uma economia de quase R$ 5 bilhões para os Correios. Além disso, o Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou uma resolução que cria um sublimite específico de R$ 12 bilhões para operações de crédito com garantia da União, ampliando o limite global anual para o setor público em 2025. Os recursos do empréstimo, no entanto, só poderão ser utilizados para cobrir despesas já previstas no déficit primário da estatal.