As taxas dos DIs no Brasil recuaram na quinta-feira, em resposta ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que foi de apenas 0,1% no terceiro trimestre de 2025, abaixo da expectativa de 0,2%. O leilão de títulos prefixados do Tesouro Nacional, realizado pela manhã, também contribuiu para essa movimentação, resultando em uma queda significativa nas taxas. Ao final da sessão, a taxa do DI para janeiro de 2028 foi de 12,73%, apresentando uma redução de 5 pontos-base em relação ao dia anterior.
A desaceleração do crescimento econômico, que foi de 1,5% no primeiro trimestre e 0,3% no segundo, levanta preocupações entre os analistas, que veem uma oportunidade para cortes nas taxas de juros. O gestor de fundos de investimento, por exemplo, destacou que a situação atual pode abrir espaço para a redução da Selic, atualmente fixada em 15% ao ano. A oferta limitada de títulos no leilão de quinta-feira, que foi de apenas 10,5 milhões, em comparação aos 28 milhões da semana anterior, também impactou diretamente o mercado, elevando o preço dos títulos e diminuindo as taxas de juros.
As expectativas em torno de um possível corte da Selic em janeiro de 2026 permanecem elevadas, com o mercado precificando mais de 80% de probabilidade de uma redução de 25 pontos-base. Essa expectativa é reforçada pelo cenário internacional, onde os investidores aguardam uma possível diminuição nas taxas de juros nos Estados Unidos. O impacto dessas decisões pode influenciar ainda mais o mercado brasileiro, que está atento aos desdobramentos econômicos e financeiros nos próximos meses.


