No dia 3 de dezembro de 2025, as taxas de juros futuros no Brasil registraram uma leve alta, contrariando a tendência de queda do dólar e dos títulos do Tesouro americano. O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027, por exemplo, subiu de 13,579% para 13,605%, refletindo um movimento considerado fraco pelos analistas, que apontam para possíveis ajustes técnicos no mercado.
Os dados de emprego divulgados pelo ADP nos Estados Unidos, que mostraram uma redução inesperada de 32 mil vagas em novembro, contribuem para a expectativa de uma possível flexibilização da política monetária pelo Federal Reserve na próxima reunião. Essa situação influencia o mercado brasileiro, uma vez que um corte nos juros americanos poderia elevar o diferencial de juros e impactar positivamente o câmbio e a inflação no Brasil.
Com a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) prevista para coincidir com a do Fed, o mercado brasileiro aguarda com atenção a manutenção da Selic em 15%. As expectativas de ajustes na comunicação do Banco Central podem indicar um início do ciclo de cortes em janeiro ou março, mas a tendência geral é de cautela até o início do próximo ano.