Os juros futuros iniciaram a quinta-feira, 18 de dezembro de 2025, com uma leve alta, após a divulgação do Relatório de Política Monetária (RPM) e novos dados de pesquisa eleitoral. Segundo o economista Carlos Lopes, do Banco BV, a elevação nas taxas foi de cerca de 5 pontos nos prazos mais curtos e 3 pontos nos mais longos, sinalizando que um corte na Selic em janeiro se torna improvável.
Na quarta-feira, 17, a chance de redução da taxa de juros para janeiro era de 45%. A pesquisa AtlasIntel/Bloomberg indica que, se as eleições gerais de 2026 ocorressem hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, venceria todos os seus adversários tanto no primeiro quanto no segundo turnos. Esse cenário eleitoral pode impactar significativamente as expectativas do mercado financeiro, refletindo incertezas sobre a política econômica futura.
Às 9h15, a taxa de depósito interfinanceiro (DI) para janeiro de 2027 subiu para 13,875%, enquanto as taxas para os prazos de janeiro de 2029 e janeiro de 2031 também aumentaram. O dólar se manteve perto da estabilidade, com um viés de baixa, enquanto os rendimentos dos Treasuries norte-americanos apresentaram recuo. A combinação desses fatores sugere um ambiente econômico volátil, onde as decisões políticas e as expectativas eleitorais continuam a influenciar o mercado.

