No dia 3 de dezembro de 2025, as taxas de juros no Brasil registraram uma leve alta, com destaque para o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) que subiu de 13,579% para 13,605%. Este movimento ocorreu em um cenário onde o dólar e os Treasuries apresentaram quedas, o que normalmente indicaria uma direção oposta para os juros. A alta foi considerada modesta e atribuída a ajustes técnicos, uma vez que não houve eventos significativos que justificassem essa alteração.
Os juros futuros, que chegaram a apresentar sinal negativo no início da sessão, mudaram de trajetória durante a tarde, influenciados pelo fechamento da curva americana e pela divulgação de dados negativos sobre o emprego nos Estados Unidos. Com a expectativa crescente de que o Federal Reserve possa flexibilizar sua política monetária na próxima reunião, os investidores brasileiros estão atentos às repercussões disso em relação às taxas de juros locais. A probabilidade de um corte na taxa de juros americana em dezembro é considerada alta, o que pode impactar a decisão do Banco Central brasileiro.
Os analistas observam que a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) ocorrerá no mesmo dia da reunião do Fed, aumentando a relevância das decisões para o cenário econômico nacional. Embora a expectativa seja de manutenção da Selic em 15%, nuances no comunicado do Copom podem sinalizar o início de cortes em janeiro ou março de 2026. Portanto, os mercados seguirão monitorando de perto esses desdobramentos, que poderão influenciar não apenas a taxa de juros, mas também o câmbio e as pressões inflacionárias no Brasil.