Um documento apreendido pela Polícia Federal na residência do presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro, revelou uma proposta de compra de um imóvel em Trancoso, na Bahia, por uma empresa do deputado federal João Carlos Bacelar. O valor da transação, que não foi concretizada, é de R$ 250 milhões e a negociação não avançou devido a problemas financeiros enfrentados pelo banco.
O documento, que contém 17 páginas, estabelece as condições para a venda do imóvel pela empresa Costa Esmeralda Empreendimentos e Participações, de Bacelar. Embora o deputado tenha mencionado que Vorcaro manifestou interesse na aquisição, a ausência do nome do empresário no documento levanta questões sobre a sua implicação nas investigações em curso. O Supremo Tribunal Federal agora supervisiona o caso após a defesa de Vorcaro solicitar a transferência do processo, alegando que o material não tinha relação com os crimes investigados.
As implicações dessa situação são significativas, uma vez que envolvem figuras proeminentes da política e do setor financeiro. O fato de o STF estar à frente da investigação pode aumentar a pressão sobre os envolvidos para esclarecer os detalhes da negociação. O deputado, que não respondeu a questionamentos sobre o caso, pode enfrentar consequências políticas e legais dependendo do desdobramento das investigações.


