A Procuradoria-Geral da Suíça formalizou acusações contra o Credit Suisse e seu controlador, o UBS Group, em conexão com o escândalo dos ‘tuna bonds’ de Moçambique. As alegações apontam para falhas na prevenção de lavagem de dinheiro, com foco em um funcionário do antigo Credit Suisse, que não teria adotado as medidas organizacionais necessárias para mitigar os riscos associados.
O escândalo, que veio à tona em 2016, envolveu a captação de recursos por Moçambique através de títulos de dívida, levantando suspeitas sobre a utilização inadequada dos fundos em projetos de pesca. A investigação inicial, realizada pelo Wall Street Journal, revelou irregularidades que culminaram em um desvio significativo de recursos públicos. A situação se complica ainda mais para o UBS, que adquiriu o Credit Suisse após o surgimento dessas controvérsias.
Em resposta às acusações, uma porta-voz do UBS declarou que a instituição rejeita firmemente as conclusões da Procuradoria-Geral, prometendo defender sua posição de maneira vigorosa. Este caso pode ter repercussões significativas tanto para o sistema financeiro suíço quanto para a reputação das instituições envolvidas, à medida que as investigações avançam e a pressão sobre as práticas de conformidade se intensifica.

