O Supremo Tribunal Federal (STF) está em alerta diante da possibilidade de impeachment de seus ministros, especialmente Alexandre de Moraes, por parte de senadores aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Com as eleições se aproximando, alguns políticos estão utilizando essa ameaça como uma estratégia eleitoral, o que levanta preocupações sobre a integridade do tribunal. O STF, por sua vez, considera a possibilidade de alterar a Lei de Impeachment para se proteger de pressões políticas.
Recentemente, um dos magistrados do STF comentou que os 81 pedidos de impeachment contra juízes da corte, embora considerados exagerados, refletem uma tentativa de vingança política. O ministro Flávio Dino enfatizou que, segundo a legislação, são necessários crimes de responsabilidade para que tais pedidos sejam válidos, colocando em dúvida a legitimidade de muitos deles. O tribunal se prepara para reagir a esses ataques, caso considere que suas decisões estão sendo usadas como alvo de retaliação.
Em meio a esse cenário, o senador Weverton Rocha, relator da proposta de atualização da Lei de Impeachment, adiou a apresentação do parecer para 2026. Rocha se encontra em uma posição delicada, investigado por supostas conexões com um lobista envolvido em fraudes no INSS, o que lança uma sombra sobre sua capacidade de legislar de forma imparcial. Essa situação evidencia a complexidade do ambiente político brasileiro e as implicações que as eleições podem ter sobre o sistema judiciário.

