O Supremo Tribunal Federal (STF) agendou para fevereiro de 2026 o julgamento dos réus envolvidos no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, mortos em março de 2018, no Rio de Janeiro. A Primeira Turma, sob a presidência do ministro Flávio Dino, reservou três sessões para a análise do caso, com a primeira marcada para as 9h do dia 24 de fevereiro. O julgamento foi adiado devido ao recesso do STF, que ocorrerá até 1° de fevereiro.
Entre os acusados estão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio, e Chiquinho Brazão, ex-deputado federal, além de outros envolvidos, todos atualmente em prisão preventiva. As investigações indicam que os irmãos Brazão e Rivaldo Barbosa atuaram como mandantes do crime, conforme delações que ligam o assassinato ao contexto político e às milícias na região. A defesa dos réus argumenta que eles não têm relação com o crime, negando as acusações durante os depoimentos.
O julgamento não apenas busca esclarecer as circunstâncias do assassinato de Marielle Franco, mas também pode ter amplas implicações para a política carioca e a segurança pública. A expectativa é que o processo revele detalhes obscuros sobre a atuação de grupos políticos e milicianos em áreas da cidade, além de trazer à tona a discussão sobre a accountability de autoridades envolvidas. As datas marcadas para o julgamento são um passo importante na busca por justiça e transparência neste caso emblemático.


