O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta terça-feira (8) o julgamento de seis réus vinculados ao núcleo 2 da trama golpista. A sessão, que começou às 9h, é presidida pela Primeira Turma da Corte e conta com a participação dos ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cristiano Zanin e Cármen Lúcia. Os réus enfrentam acusações que incluem organização criminosa armada e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
As acusações feitas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) indicam que Filipe Martins, um ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi um dos principais articuladores da minuta que justificava um golpe. Além dele, outros réus, como o general da reserva Mário Fernandes e o coronel Marcelo Câmara, estão envolvidos em planos que previam ações violentas contra autoridades, incluindo o ministro Alexandre de Moraes e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Todos os acusados negam seu envolvimento com os crimes atribuídos a eles durante o processo.
Este julgamento é um desdobramento significativo das investigações que já resultaram na condenação de 24 réus de núcleos anteriores da trama golpista. A continuidade dos julgamentos e as decisões do STF têm implicações profundas para a estabilidade política do Brasil e para a defesa do Estado Democrático de Direito. As ações judiciais visam não apenas responsabilizar os envolvidos, mas também enviar uma mensagem clara sobre a intolerância a tentativas de golpe no país.

