Nesta quarta-feira (17), a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu formar uma maioria de votos que pode anular parte da investigação da Polícia Federal contra o governador do Acre. Gladson Cameli é acusado de corrupção, peculato e lavagem de dinheiro, e sua defesa argumenta que houve irregularidades durante a apuração. O placar atual é de 3 a 1 a favor do recurso, com a votação virtual programada para se encerrar na sexta-feira (19).
As investigações apontam que Cameli estaria envolvido no desvio de cerca de R$ 11 milhões por meio de contratos com empresas que tinham familiares como sócios. As irregularidades teriam começado em 2019, mas a questão foi levada ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) somente em anos posteriores. O relator do caso, Edson Fachin, votou contra a anulação, enquanto outros ministros, como André Mendonça, citaram a usurpação de competência do STJ nas investigações.
Simultaneamente, uma ação penal no STJ está em andamento, onde a ministra Nancy Andrighi já propôs uma condenação de 25 anos de prisão para Cameli, além de uma indenização de R$ 11 milhões e a perda do cargo. O julgamento no STJ será retomado apenas em 2026, devido ao recesso de fim de ano. A situação do governador continua incerta, à medida que as investigações e os processos legais se desenrolam.