O Supremo Tribunal Federal (STF) ordenou que a Polícia Federal investigue irregularidades identificadas nas emendas parlamentares por transferência especial, conhecidas como emendas Pix, em dois municípios de Goiás, Davinópolis e Ceres. O 8º Relatório Técnico da Controladoria-Geral da União (CGU) revelou falhas significativas na execução dessas emendas, incluindo a falta de transparência nos gastos e planos de trabalho não cadastrados até fevereiro de 2025.
As auditorias realizadas pela CGU indicaram que as prefeituras de Davinópolis e Ceres não cumpriram exigências legais essenciais, como a transparência ativa e o registro de informações no sistema Transferegov.br. O ministro Flávio Dino, responsável pela relatoria do caso, expressou preocupação com um quadro generalizado de ilegalidades, ressaltando a gravidade do uso de recursos federais sem o devido acompanhamento e fiscalização.
Com a determinação do STF, a Polícia Federal deverá apurar os indícios de crimes relacionados a essas irregularidades. Além disso, um plano nacional de auditorias será elaborado pela CGU, visando áreas críticas como saúde e infraestrutura, enquanto a Advocacia-Geral da União terá 60 dias para apresentar um relatório sobre ações de responsabilização e recuperação de valores eventualmente desviados.

