A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que a prática de forçar cartões amarelos para favorecer apostas esportivas não é considerada manipulação de jogos. O entendimento, expresso pelo ministro Gilmar Mendes, aponta que essa ação não possui capacidade real de alterar o resultado das partidas, encerrando assim a ação penal contra um jogador acusado de receber dinheiro para tal conduta.
O caso em questão envolveu Igor Cariús, denunciado por aceitar R$ 30 mil para provocar um cartão amarelo durante uma partida do Campeonato Brasileiro de 2022. Apesar da decisão do STF, o atleta foi suspenso pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e ainda enfrenta questões legais na esfera esportiva e judicial, indicando que a situação é complexa e pode ter desdobramentos futuros.
A decisão do STF, que teve voto divergente do ministro André Mendonça, levanta debates sobre a natureza das apostas esportivas e a ética no esporte. Embora a Justiça tenha encerrado a ação penal, a discussão sobre limites e práticas aceitáveis continua, especialmente em um cenário onde a integridade das competições é frequentemente questionada, refletindo a necessidade de uma regulamentação mais clara sobre o tema.